Flotilha de Submersíveis (1914) - F1 F3 E F5

Flotilha de Submersíveis (1914) - F1 F3 E F5
Fonte: Poder Naval, 2009

Diário de um Hilotas Contemporâneo

“A relevância dos cientistas para a elaboração de ações de divulgar ciência e como isso impacta os processos democráticos?"

 


A inclusão social, científica e os conhecimentos tecnológicos é um grande desafio no território brasileiro, razões estas advindas por um conjunto histórico social, fatores que apresentam uma tenaz desigualdade social no tocante da distribuição de renda, domicílio, propriedade territorial e aos bens materiais, obstante dialogam com os quesitos de desapropriação dos conhecimentos culturais, científicos e tecnológicos, aos quais essa anomia corrobora com um percentual de habitantes brasileiros vivendo em baixa qualidade de vida, aborta aos direitos plenos, ao saber acadêmico ou recebe parca qualidade acadêmica, propiciando um déficit de participação política, escolhendo seus representantes a partir “do estomago”, pois em alguns casos trocam o voto por cestas básicas, conseguinte furtam a cognição a práxis de ações consciente.

Pensando em democracia uma das prioridade de inclusão social é promover a população brasileira o acesso e a oportunidade de adquirir conhecimento básico a respeito de ciência e de tecnologia, operacionalizar seu funcionamento epistemológico, empírico aplicando-o no espaço territorial do indivíduo em formação, transformando sua realidade periférica, protagonizando experiências pessoais e coletivas, através desse advento oportunar-se-á a ampliação do capital social, das oportunidades no mercado de trabalho e no campo educacional. Watanabe em diálogo com Bourdieu discorre que o capital social é um instrumento de troca simbólica, esse capital pode ser econômico, cultural, científico e social a luz da percepção da classificação da estrutura social, assumindo uma fragmentação na sociedade em pobres/ricos, cultos/incultos, vulgar/chique e interessante/aborrecedor. (WATANABE, 2015 apud Bourdieu, 1996)

É fundamental a educação científica do cidadão (a) no mundo contemporâneo, tal como a do nosso povo brasileiro, ascendendo o conhecimento em ciências da natureza, exatas e de tecnologia (CTSA), métodos resultados e recursos.

Os riscos, as limitações e os interesses também são fatores determinantes a serem estudados, por economistas, políticos, militares, cientistas sociais, filósofos e demais pensadores intelectuais, pois a produção do conhecimento científico dever ser disseminada em solo fértil para todas as classes sociais e deixar ser um atributo exclusivo das minorias abastadas.

O significado social e cultural da ciência como atividade humana, como pontuou a professora Graciella Watanabe, em sua palestra hospedada pela plataforma streaming do You Tube e mediada pelo o Instituto de Estudos Avançados da UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO – USP, a qual proferiu que o ENEM (EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO) muitas vezes é um divisor social, pois as áreas de exatas, tecnológicas e das ciências naturais são preenchidas por discentes oriundos do ensino médios formados em escolas com maior apoderamento de informações e qualidade de ensino, exemplifico as instituições escolares privadas de porte médio e de alta qualificação.

A mídia exerce um trabalho pífio, pois em certas situações divulga a inclusão social no domínio da difusão ampla dos conhecimentos científicos e tecnológicos camuflando as representações escolares pobres, sendo tenaz a estatística dos brasileiros (as) inseridos nesta realidade anômica, com baixo acesso ao “conhecimento de ponta”, excluídos de oportunidades, que comparecem à escolar para se alimentarem e utilizam o espaço escolar como um mero local de encontro amigável, sendo assim pontuo que a razão priori para o presente quadro contido na ausência de uma educação científica integral e de qualidade no ensino fundamental e médio.

O MEC, as Secretarias estaduais, municipais e a rede de educação privada, as universidades e demais instituições escolares do nosso país deve fomentar e incentivar a introdução das ciências no currículo formativo dos educandos (as), seja em detrimento da formação dos estudantes do ensino fundamental e aos discentes do ensino médio, haja vista investir em programas de formação inicial e na qualificação de professores (as) nas áreas de ciências, na pós graduação daquele docentes que assim tiver interesse em obtê-la e promover a valorização docente com apoio na continuidade intelectual com bolsas e apoio a projetos de pesquisa, respeitando o profissional educador (a) ativo (a) nas escolas priorizando aprimoramento de cunho profissional versus ambiente escolar, pois na presente o professor (a) que está atuando em sala de aula é esquecido devido sua labuta diária e permanente junto ao seu educando.

Quanto ao “chão da escola” o gestores públicos do segmento educacional deve ter uma ótica aos recursos de insumos financeiros disponibilizando-os para fortalecer e estimular a práxis no processo de ensino e aprendizagem a partir da realização de feiras de ciências e olimpíadas científicas que favoreçam a criatividade, a inovação e a interdisciplinaridade. Seguindo essa máxima possibilitar o acesso à internet em todas as escolas brasileiras, apoiar programas como o “Jovens Cientistas nas Escolas”, produzir e distribuir material didático de qualidade, livros, softwares, equipando os laboratórios de ciências, tecnologia e robótica em escolas públicas, estaduais, municipais e federais, para um ensino fundamental e médio qualitativo, competitivo, com equidade e integralidade.

No século XXI, a educação brasileira deve ser atendida no macro e vista como um problema de “ESTADO”, sendo um grande desafio formar os (as) cidadão (ãs) brasileiros (as) ao rigor da lei federal com direitos integrais que regem a ordem da justiça social, com serviço educacional para todos (as) e com qualidade de cátedra.


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