O que inquieta-me é pensar como evitar a prática docente e a disseminação de ideias equivocadas com a temática "Da divulgação científica", em construção ao não consumo de informações equivocadas em ciências, para o questionamento oriento-me da pensadora Albagli (1996), que discorre um novo patamar entre ciência, poder e sociedade, seus traços apontam para uma revolução no progresso científico e tecnológico, passando pela periodização histórica e a instrumentalização técnica, em seu artigo cientifico: "Divulgação científica: informação científica para a cidadania?”. (ALBAGLI,1996).
Segundo Albagli (1996) a inserção socioeconômica promoveu uma maior aceitação da população, que assimilou artefatos técnicos-científicos moldando-os para ações consumistas, por sua vez melhor conhecendo-a e também controlando-a para seu interesse e preocupação, vejo perigo nesta afirmativa de Albagli (1996), com a livre informação na internet e a oferta de informes em canais de stremear de parca preocupação de qualidade e certificações de instituições conceituadas e oficiais, haja vista um semear de desinformação, assim oportunizando uma queda no nível de saber popular.
O profissional docente na ponta da ministração do conhecimento deve se atentar em sua práxis educadora em explicar ao seu educando o que é jornalismo científico, tal como apresentá-lo em suas aulas, priorizar veículos de crédito, orientar quanto a obscuridade midiática por prestígio pessoal e interesse econômico por parte de alguns influenciadores digitais em canais de stremear. Albagli (1996) nos remete a refletir a respeito de uma ideologia mercantilista por parte da imprensa em geral, com interesses exclusos ao poder econômico deixando a verídica informação em segundo plano. (ABLAGI, 1996)
Argumenta-se ainda que o jornalismo científico então praticado reflete a ideologia que vem dominando do jornalismo em geral desde o século passado, qual seja, uma ideologia mercantilista, marcada pelo sensacionalismo (para vender notícias, é necessário provocar emoções no público consumidor) e pela atomização (o real é percebido não em sua totalidade, mas em seus fragmentos: política, economia, esportes, ciências etc.) (ABLAGI, 1996 p. 400)
Também, é nobre ensinar as diferenças entre os termos divulgação, difusão e comunicação científica; Albagli (1996) coopera com a sua orientação ao redigir que divulgar cientificamente se faz a partir de processos e recursos técnicos para a comunicação da informação científica, traduzindo para acesso coerente é uma linguagem especializada para todos (as), esse tipo de informação é para o público em geral denominado de leigos científicos, já a difusão da ciências, segundo Albagli (1996), é todo o processo usado para comunicar-se cientificamente, seja feito seu uso por um profissional especializado seja por um leigo. (ALBAGLI, 1996).
Frisos meus: “o importante é que a difusão científica seja disseminada com qualidade a todo público que se interesse por produção do conhecimento científico”.
Quanto a comunicação da ciência e tecnologia Albagli (1996) nos apresenta que é uma transcrição de códigos especializados, em trâmites de um público seleto formado por especialistas. (ALBAGLI, 1996)
Uma potente arma educacional a qual os (as) professores (as) devem estarem perceptivos no processo de ensino em aprendizagem em ciência é potencializar a educação científica conciliando com a cultura, essa junção permitir-se-á ampliação da compreensão dos saberes científicos para o público interessado em geral. Sendo assim, os museus, planetários e centros de ciências (hands on sciense) são motivacionais ao público jovem e adulto promovendo os fenômenos do mundo natural, interação com as experiências científicas, demonstração de invenções etc.
[...] Ainda de acordo com esse ponto de vista, se antes os agentes de divulgação científica atuavam como meros “tradutores” da linguagem científica, agora e cada vez mais, eles orientam seu trabalho para esclarecer a sociedade a respeito dos impactos sociais da ciência e tecnologia. [...] (ALBAGLI, 1996 p. 398).
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