Flotilha de Submersíveis (1914) - F1 F3 E F5

Flotilha de Submersíveis (1914) - F1 F3 E F5
Fonte: Poder Naval, 2009

Diário de um Hilotas Contemporâneo

Como podemos organizar visitas a espaços não formais que sejam capazes de promover um diálogo efetivo com a educação formal de modo a promover a alfabetização e/ou o letramento científico?

 



Ao ler o artigo "Alfabetização científica versus letramento científico: um problema de denominação ou uma diferença conceitual?, o pensador Bertoldi (2020)  faz alguns apontamentos em relação a diferença entre alfabetização e letramento, Anderson Bertoldi (2020) pontua que ser alfabetizado não é sinônimo de ser letrado, pois alfabetização é referida ao indivíduo com explícita pontualidade de sujeito, quanto o letramento está implicado a atividade social não implicando o analfabeto.

Percebo a partir do pensamento de Bertoldi (2020) e fazendo uma leitura ao ambiente escolar, na reunião de pais e mestres comparecem muitos pais de alunos (as) na condição de baixo letramento não detém a leitura e a escrita em seu todo, todavia são capazes de educarem seus filhos (as) e estão inseridos na sociedade, haja vista, fazem uma leitura universal e social, a exemplo de utilizarem os recursos tecnológicos oferecido para a sociedade se organizar, tais como: caixa eletrônicos, ônibus etc. Obstante, ao reverberar a diversidade linguística entre alfabetização e letramento, Bertoldi (2020) sustenta seu posicionamento em Soares (2017) que refuta que o ser alfabetizado decodifica a linguagem escrita, sedo assim, um sujeito alfabetizado pode possuir algum nível de letramento. (BERTOLDI, 2020 apud Soares 2017, p. 3)


A alfabetização conforme Soares (2017), é a ação de ensinar ou de aprender a ler e escrever, trata-se da aquisição de uma tecnologia que permite ao leitor decodificar a linguagem escrita. O conceito de alfabetização, no entanto, não abrange os usos sociais da escrita. Um indivíduo pode, mesmo sem ser alfabetizado, ter algum nível de letramento. (BERTOLDI, 2020 apud Soares 2017, p. 3)


A história da educação pedagógica e das ciências linguísticas nos mostra uma linha temporal a partir do século XX, nos idos dos anos 80, fazer-se leitor do mundo e alfabetizado é grandioso, percebe que escrever e ler é necessário para o desenvolvimento cognitivo humano, todavia a adverso a esta máxima, Bertoldi (2020) chama a atenção para a seguinte reflexão, durante a diminuição do analfabetismo passou-se surgir novas demandas sociais de leitura e escrita ascendendo o interesse pelo termo letramento, para Soares (2017) em dialogo com Bertoldi (2020) alfabetização é diferente de letramento, para a pensadora alfabetização é a ação de ensinar ou ato de aprender a ler e escrever. (BERTOLDI, 2020 apud Soares 2017, p. 3)

Já para a UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência, e a Cultura, em 1957, define que o letramento é um desenvolvimento contínuo que cabe o progresso, a habilidade de escrita e leitura pessoal, sendo divididos em mínimo e funcional. (BERTOLDI, 2020 apud UNESO, 1957 p. 5)

Assim, define que letrado é o indivíduo que compreende, lê e escreve uma frase curta e simples em seu cotidiano, e o conceito de letramento funcional se amplia não apenas para a escrita e leitura, mas também para o cálculo, então funcionalmente a definição de letrada funcional é a construção dos saberes entre leitura, escrita e cálculo, seja pessoal ou comunitário. (BERTOLDI, 2020 apud UNESO, 1957 p. 5)

Ao ambiente escolar friso que o docente deve promover o protagonismo juvenil, concomitante ao letramento científico, respeitando seus saberes pessoais, a essa ação pedagógica costumo apresentar filmes e documentários com a temática discorrida ao ensino de ciências, em especial trabalho a educação ambiental no eixo poluição, urbana, marítima e espacial, ao currículo cindo a saída de campus, propiciando visitações a museus de ciências, aquários públicos e centros de eventos tecnológico (hands-on sciense). Assim, concluo fazendo uma construção de ideias dos pontos apresentados no artigo "Alfabetização científica versus letramento científico: um problema de denominação ou uma diferença conceitual?, o pensador Bertoldi (2020) e do vídeo a qual apresentou o proferimento da Professora Dra. Martha Marandino da Faculdade de Educação da USP, devemos atentar aos espaços não formais de ensino científico a partir de quem esta oferecendo os saberes, e qual é o ponto de vista intencional do intuito da divulgação de um determinado assunto em pauta, Marandino (s.d), afirma que os museus tiveram mais relevância social nos idos finais do século XIX e começo do XX, e uma das causas da ascensão desta procura a este espaço de educação não formal é a presença da família, tal como, friso que a escola como detentora do ensino formal deve ser atenta a organização física em grupos para visitação destes espaços de cunho científico e intelectual.

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