Flotilha de Submersíveis (1914) - F1 F3 E F5

Flotilha de Submersíveis (1914) - F1 F3 E F5
Fonte: Poder Naval, 2009

Diário de um Hilotas Contemporâneo

"O Imperial Marinheiro Marcílio Dias".

Por: Prof. Dragão do Mar
" ... De origem afrodescendente, com cabelos negros, encaracolados e olhos pretos, padrões dos perfis dos praças de seu tempo, foi marinheiro da ARMADA IMPERIAL BRASILEIRA, sendo protagonista de título de herói, na Batalha Naval do Riachuelo no período que decorreu a Guerra da Tríplice Aliança ... "

 
Biografia

  • Nasceu no Rio Grande - RS, em 1838 e faleceu no Rio Paraná, em 11 de junho de 1865, sendo filho de Manuel Fagundes Dias e Palcena Dias.

Serviços prestados à Armada Imperial Brasileira

  1. Em 06 de julho de 1855, ingressou na Armada Imperial Brasileira, como grumete (equivalente a recruta), na época estava com dezessete anos de idade;
  2. 05 de agosto de 1855, foi incorporado ao Corpo de Praça Imperais Marinheiros;
  3. Em 1856, embarcou na Corveta Constituição, e logo após no navio Tocantins, que tinha como Comandante o Capitão-Mar-e-Guerra Francisco Manuel Barroso e Silva;
  4. 15 de maio de 1861, foi promovido a "Marinheiro de Terceira Classe";
  5. 11 de maio 1862, foi promovido a "Marinheiro de Segunda Classe", sua sede era a bordo da Fragata Constituição;
  6. Já em 1863, na "Escola de Artilharia" recebe a classificação de "Praça Distinta" passando a usar o distintivo de marinheiro-artilheiro. Observo que para ingressar na Escola de Artilharia era exigido do alunos conhecimento de leitura e escrita;
  7. 1864, é deflagrada a "Guerra do Paraguai", sob ataques da esquadra brasileira à Paissandu, às ordens de Mariz e Barros. Em 1865, embarcado na corveta Parnahyba, participou da batalha naval do Riachuelo, travada em águas do Rio Paraná;
  8. Embarcando em 1863, na Canhoneira a vapor Parnahyba, em expedição ao da Rio da Prata, sob o comando do 1º Tenente Aurélio Garcindo Fernandes de Sá.
  9. Foi promovido a "Marinheiro de Primeira Classe" (equivalente a cabo), em 20 de julho 1864, quando retornou do Rio da Prata;
  10. Embarcou para uma viagem de instrução na corveta Imperial Marinheiro, habilitando-se em manipulação de artefatos bélicos. Após,  matriculou-se na "ESCOLA DE ARTILHARIA", em janeiro de 1863, prestando exame em 10 de dezembro do mesmo ano, dos 38 alunos inscrito 15 foram aprovados, assim sendo, Marcílio Dias foi promovido a "Marinheiro-Artilheiro" (especialização de cabo);
  11. A ESCOLA DE ARTILHARIA a priore a formação de Chefes de Peças, Fiéis de Artilharia, Carregadores e Escoteiros, cargos importantes para a práxis naval.
  12. 11 de junho de 1865, Marcílio Dias era Chefe de Rodízio Raiado, função de instrutivo nível elevado, travava-se a Batalha do Riachuelo, ele tomava parte ativa na tomada do Payssandú e de Corrientes;
  13. Épica foi ação dos navegantes do Vapor Parnahyba ao se albarroar ao navio inimigo, pondo-o a pique, seus praças e oficiais lutaram bravamente, a luta foi heróica, a nossa bandeira que chegou a ser arriada por um oficial paraguaio foi defendida até a morte, pelo o Capitão Pedro Afonso Ferreira e pelo o Guarda- Marinha João Guilherme Greenhalgh, sendo que quase todos marinheiros e oficiais que estavam na popa foram acutilados;
  14. Ao chegar o apoio da Fragata Amazonas, os  militares paraguaios abandonaram a canhoneira brasileira, o árduo combate já ocorria  por volta de uma hora, quando o Comandante Garcindo de Sã atento a grave situação local ordena ao Escrivão de segunda classe José de Correia da Silva que lançasse fogo ao paiol de pólvora;
  15. Os paraguaios perceberam os reforços da Armada Imperial brasileira se aproximavam, com o grupo tarefa (GT) composto pelos os navios: Fragata Amazonas, o Vapor Belmonte e a Canhoneira Mearins, precipitaram-se ao Rio e procuraram ganhar sua margem;
  16. "Após a esse evento a bandeira brasileira foi içada". Assim, Marcílio Dias lutou com bravura em defesa da Pátria Brasileira, ferido, indo a óbito no dia 12 de junho, nas proximidades de Corrientes, na Argentina, foi lançado o seu corpo às águas do Rio Paraná, com 27 anos de idade deixava a vida para entrar na história militar brasileira.
  17. Seu nome passou a ser cultuado à Memória Nacional Brasileira e com destaque em Quartéis e Navios da Marinha Brasileira.



Biografia:

Andréa, Júlio. A Marinha Brasileira: florões de glórias e de epopéias memoráveis. Rio de Janeiro, SDGM, 1955.
Carneiro, Edison. "Antologia Do Negro Brasileiro" Agir 2005, Pág. 218 - último parágrafo 
Costa, Didio Iratym Affonso da. "Marcílio Dias; Imperial-Marinheiro" Mundomar Ltda, 1943
Nascimento, Álvaro Pereira do. "O vaivém da Memória: Marcílio Dias e João Cândido na História", Seção 4, Parte IV do Livro "Repensando o Brasil dos Oitocentos: Cidadania, Política e Liberdade", Ed. Civilização Brasileira, 2009 ISBN 9788520009178
NOMAR - Noticias da Marinha, Rio de Janeiro, SRPM, n.º 502, abr./mai/jun. 1985; n.º 686, jun. 1999.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Marc%C3%ADlio_Dias, acesso em: 17/10/2018, às 11h03 
http://www.soamarnovafriburgo.org.br/vultos-historicos/imperial-marinheiro-marcilio-dias, acesso em: 17/10/2018, às 12h10
http://www.naviosbrasileiros.com.br/ngb/M/M024/M024-NB.htm acesso em: 17/10/2018, às 12h18
http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/MarciDia.html, acesso em: 17/10/2018, às 12h28



Audísio Batista Venâncio é professor de história na Secretaria de Educação do Estado de São Paulo - SEE/SP. Licenciado em história pela UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS (UNIMES), especializado Filosofia pela UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO (UNIFESP) e especializando-se em História da Ciências, Educação e Sociedade – UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC (UFABC)

2 comentários

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Porque o Heroi Marcilio Dias nunca é lembrado pelos nossos governantes. Porque permitiram a retirada do seu busto na antiga Praça XI no Rio de Janeiro, pra colocarem um troço lá homenageando zumbi dos Palmares. O que fez Zumbi dos Palmares pelo Brasil?

Balas
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Exatamente. No Brasil é assim. Heróis de verdade são esquecidos pois existe uma bandidolatria sem limites

Balas

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